15 tipos de relacionamento: entenda cada um deles

tipos de relacionamento

Você já parou para pensar sobre a diversidade de relacionamentos que existem ao nosso redor? Será que todos os tipos de relacionamentos se enquadram na mesma categoria ou há variações nas formas como as pessoas se conectam e se relacionam?

Ao longo da história, a sociedade tem evoluído e, com ela, as formas de interação entre indivíduos. Neste artigo, exploraremos diferentes tipos de relacionamentos, abordando suas características e particularidades com base em pesquisas científicas, investigações e estudos psicológicos e sociológicos.

Como você se sentiria em um relacionamento monogâmico versus um poligâmico? E como seria a dinâmica em um relacionamento aberto em comparação com um relacionamento a distância?

Estudos mostram que diversos fatores podem influenciar a satisfação e a longevidade dos relacionamentos, como a comunicação, o compromisso e o apoio emocional entre os parceiros (Levenson et al., 2014; Jiang & Hancock, 2013).

Além disso, a prevalência de diferentes tipos de relacionamentos pode variar de acordo com aspectos culturais e sociais (Murdock, 1967).

Neste artigo, mergulharemos nos detalhes desses e de outros tipos de relacionamentos, analisando os desafios e benefícios que cada um apresenta. Prepare-se para ampliar sua perspectiva sobre o vasto universo dos relacionamentos e, quem sabe, descobrir novas formas de se relacionar que talvez nunca tenha considerado antes.

1. Monogâmicos:

A monogamia é o tipo de relacionamento mais comum e aceito socialmente, onde duas pessoas se comprometem afetiva e sexualmente uma com a outra, excluindo relações com terceiros. A monogamia tem raízes históricas e culturais e é frequentemente associada à fidelidade e à lealdade (Conley et al., 2013).

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento monogâmico requer dedicação, comprometimento e comunicação aberta entre os parceiros. Ao escolher este tipo de relacionamento, ambos os indivíduos concordam em ser exclusivos um ao outro, tanto emocional quanto sexualmente.

Para que essa exclusividade seja mantida e o relacionamento prospere, é importante que haja confiança mútua, respeito e um esforço contínuo para nutrir a conexão emocional entre os dois.

Além disso, é essencial enfrentar juntos os desafios da vida, compartilhar sonhos e objetivos, e investir no crescimento pessoal e conjunto, o que fortalece o vínculo e enriquece a experiência de estar em um relacionamento monogâmico saudável e duradouro.

2. Poligâmicos:

Poligamia é a prática de ter múltiplos cônjuges, que pode ser dividida em dois subtipos: poliginia (um homem com várias esposas) e poliandria (uma mulher com vários maridos). A poligamia é culturalmente aceita em algumas sociedades, mas ilegal em outras. O antropólogo George Murdock (1967) analisou a prevalência da poligamia em diferentes culturas.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento poligâmico pode ser uma experiência complexa e desafiadora, que requer um alto grau de comunicação, entendimento e respeito mútuo entre os envolvidos.

Para que a poligamia funcione de maneira saudável, é fundamental estabelecer regras claras, compartilhar expectativas e responsabilidades e garantir que todos os parceiros estejam em sintonia com os valores e objetivos do relacionamento.

Também é importante considerar o contexto cultural e legal no qual o relacionamento está inserido, a fim de lidar com os possíveis preconceitos e desafios que possam surgir ao longo do caminho.

3. Poliamorosos:

O poliamor envolve a manutenção de múltiplas relações afetivas e/ou sexuais, com o consentimento de todos os envolvidos. No poliamor, há uma ênfase no estabelecimento de laços emocionais profundos, comunicação aberta e honestidade (Sheff, 2014).

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento poliamoroso requer uma abordagem consciente e responsável, baseada na comunicação aberta, confiança mútua e respeito às necessidades e limites de cada pessoa envolvida.

Isso implica em estabelecer regras e acordos claros entre os parceiros, cultivar empatia e compreensão para com as emoções e perspectivas de cada um, e estar disposto a enfrentar desafios como ciúmes e a gestão do tempo e dos recursos emocionais.

Além disso, é fundamental praticar a autoconsciência e o autocuidado, garantindo que todos os envolvidos estejam satisfeitos e apoiados nas múltiplas conexões afetivas e/ou sexuais que caracterizam essa forma de relacionamento (Sheff, 2014).

4. Relacionamentos abertos:

Em um relacionamento aberto, o casal concorda em permitir que cada um tenha relações sexuais com outras pessoas, mas mantém o compromisso emocional entre si. A pesquisa de Moors et al. (2014) sugere que casais em relacionamentos abertos tendem a ter alta satisfação e comunicação eficaz.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento aberto exige maturidade emocional, comunicação aberta e confiança mútua entre os parceiros. Ambos devem estabelecer limites e regras claras para garantir o respeito às necessidades e sentimentos de cada um.

É fundamental manter um diálogo constante e honesto para abordar quaisquer preocupações ou inseguranças que possam surgir e para adaptar as regras conforme necessário.

Ademais, a empatia e a compreensão são cruciais para lidar com as emoções envolvidas e garantir que o relacionamento aberto seja uma experiência enriquecedora e satisfatória para ambos os parceiros, preservando sempre o compromisso emocional que os une.

5. Anarquia relacional

Anarquia relacional é um tipo de relacionamento que se distancia das normas tradicionais, buscando a liberdade individual de cada parceiro para construir conexões afetivas de forma não hierárquica e não prescritiva.

Nessa abordagem, não há regras pré-definidas ou expectativas sociais rígidas, permitindo que os envolvidos decidam como desejam viver a relação. Diferente da monogamia, onde há exclusividade entre dois parceiros, na anarquia relacional cada indivíduo tem a autonomia de explorar relações de acordo com suas necessidades emocionais e sexuais.

Essa forma de relacionamento exige uma comunicação aberta e honesta, bem como o respeito aos limites e escolhas de cada um. A anarquia relacional valoriza a espontaneidade e a individualidade de cada pessoa envolvida, promovendo uma abordagem flexível e livre de pressões externas, buscando a construção de conexões verdadeiramente autênticas e respeitosas.

6. Relacionamentos a distância:

Casais em relacionamentos a distância mantêm seu vínculo emocional e compromisso, mesmo estando geograficamente separados. Estudos mostram que casais a distância podem ter satisfação e intimidade emocional semelhantes aos casais que vivem juntos (Jiang & Hancock, 2013).

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento à distância exige um esforço consciente de ambos os parceiros para manter a conexão emocional e o compromisso, apesar dos desafios geográficos.

Para obter sucesso nesse tipo de relação, é fundamental estabelecer uma comunicação aberta, honesta e frequente, utilizando todos os recursos tecnológicos disponíveis, como chamadas de vídeo, mensagens e redes sociais.

É importante planejar visitas regulares sempre que possível, estabelecer metas e expectativas claras para o futuro e desenvolver uma base sólida de confiança e apoio mútuo. Dessa forma, os casais podem cultivar a satisfação e a intimidade emocional em um relacionamento à distância, enfrentando juntos os desafios que essa dinâmica apresenta.

7. Relacionamentos casuais:

Neste tipo de relacionamento, as pessoas envolvidas não assumem compromissos formais e focam na satisfação sexual e/ou emocional temporária. Grello et al. (2006) examinaram os efeitos de relacionamentos casuais no bem-estar emocional dos indivíduos.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Para viver um relacionamento casual de forma saudável e satisfatória, é fundamental estabelecer uma comunicação clara e aberta desde o início, garantindo que ambas as partes compreendam e concordem com a natureza não compromissada da relação.

Isso implica em estabelecer limites, respeitar as necessidades e desejos do outro e, acima de tudo, ser honesto consigo mesmo e com o parceiro sobre as expectativas e sentimentos envolvidos.

Dessa forma, é possível desfrutar das experiências temporárias de conexão emocional e/ou sexual sem causar mal-entendidos ou decepções, permitindo que cada pessoa se sinta valorizada e respeitada dentro desse contexto não convencional de relacionamento.

8. Relacionamentos assexuais:

Em um relacionamento assexual, os envolvidos podem ter uma conexão emocional profunda, mas não possuem interesse ou participação em atividades sexuais. A assexualidade é uma orientação sexual reconhecida, e Bogaert (2006) analisou sua prevalência e características em sua pesquisa.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento assexual requer compreensão, comunicação e respeito mútuo entre os envolvidos. Ambos os parceiros devem estar cientes das necessidades e desejos um do outro, e estabelecer limites claros para garantir que o relacionamento seja satisfatório para ambos.

Isso implica abordar questões emocionais e afetivas com sinceridade, além de buscar atividades e experiências que fortaleçam a conexão emocional, como passar tempo de qualidade juntos, compartilhar interesses e oferecer apoio emocional um ao outro.

Manter um diálogo aberto e honesto é fundamental para garantir que o relacionamento assexual floresça, permitindo que os parceiros celebrem a profundidade de sua conexão emocional sem a pressão de expectativas sexuais.

9. Amizade colorida:

A amizade colorida é uma relação onde os amigos se envolvem sexualmente sem assumir compromissos afetivos ou de exclusividade. Bisson & Levine (2009) investigaram os fatores que influenciam o sucesso dessas relações.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Para viver um relacionamento de amizade colorida de forma bem-sucedida, é essencial estabelecer limites claros e manter uma comunicação aberta e honesta desde o início.

Ambas as partes devem concordar com as expectativas e regras, como a frequência dos encontros sexuais e a abordagem das emoções que possam surgir. Além disso, é crucial respeitar os sentimentos e a autonomia do outro, adaptando-se às mudanças e reavaliando os limites conforme necessário.

Ao fazer isso, os envolvidos podem aproveitar a intimidade física e a camaradagem da amizade colorida sem comprometer a amizade existente ou criar mal-entendidos (Bisson & Levine, 2009).

10. Relacionamentos codependentes:

Neste tipo de relacionamento, os parceiros desenvolvem uma dependência emocional excessiva um do outro, muitas vezes resultando em padrões de comportamento disfuncionais e prejudiciais.

A codependência pode ser caracterizada pela necessidade de controle, baixa autoestima, negação dos problemas e limites pessoais mal definidos. Beattie (1987) é uma das autoras pioneiras no estudo da codependência e seus efeitos nos relacionamentos.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento codependente pode ser desafiador e, muitas vezes, prejudicial para ambos os parceiros. Para lidar com esse tipo de relacionamento, é essencial que os envolvidos busquem desenvolver autoconhecimento e habilidades de comunicação assertiva.

Ademais, é fundamental procurar apoio profissional, como terapia ou aconselhamento, para tratar as questões subjacentes que contribuem para a codependência.

Ambos os parceiros devem trabalhar juntos para estabelecer limites saudáveis, promover a independência emocional e fortalecer a autoestima, a fim de transformar a dinâmica do relacionamento e criar uma conexão mais equilibrada e saudável entre si.

11. Relacionamentos de longa duração:

Estes são relacionamentos que persistem ao longo de muitos anos, geralmente envolvendo um compromisso emocional e sexual duradouro entre os parceiros.

Estudos têm demonstrado que casais em relacionamentos de longa duração podem enfrentar desafios específicos, como manter a satisfação e a intimidade emocional ao longo do tempo (Levenson et al., 2014).

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento de longa duração requer dedicação, comunicação aberta e adaptabilidade.

Para manter a satisfação e a intimidade emocional ao longo do tempo, os casais devem se esforçar para nutrir a conexão mútua, cultivar o respeito e a compreensão, e encontrar maneiras de continuar crescendo juntos, tanto individualmente quanto como casal.

Isso inclui compartilhar interesses, enfrentar desafios juntos e celebrar conquistas, além de estabelecer um espaço seguro para expressar vulnerabilidades e necessidades emocionais.

Além disso, é importante que os parceiros continuem se conhecendo e se redescobrindo, adaptando-se às mudanças inerentes à vida e à passagem do tempo, de modo a manter o relacionamento vibrante e enriquecedor para ambos.

12. Relacionamentos de apoio mútuo:

Neste tipo de relacionamento, os parceiros apoiam-se mutuamente em suas jornadas de crescimento pessoal e enfrentamento de desafios da vida.

Esses relacionamentos são caracterizados por uma comunicação aberta, compreensão e respeito às necessidades individuais dos parceiros. Reis et al. (2004) analisaram os benefícios do apoio mútuo para a saúde física e mental dos indivíduos.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Para viver um relacionamento de apoio mútuo, é fundamental cultivar uma comunicação honesta e transparente com o parceiro, expressando sentimentos, desejos e preocupações de maneira aberta e respeitosa.

Além disso, é importante praticar a empatia, colocando-se no lugar do outro e buscando compreender suas necessidades e perspectivas. Priorizar o desenvolvimento pessoal e incentivar o crescimento do parceiro também são aspectos essenciais nesse tipo de relacionamento.

Através do estabelecimento de metas conjuntas e individuais, ambos os parceiros podem trabalhar juntos para superar obstáculos, enfrentar desafios e alcançar um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e a vida a dois, promovendo um ambiente de crescimento, apoio e amor mútuos.

13. Relacionamentos tóxicos:

Um relacionamento tóxico é aquele em que um ou ambos os parceiros se envolvem em comportamentos prejudiciais, abusivos ou manipuladores.

Essas relações podem ter um impacto negativo significativo no bem-estar emocional e físico dos envolvidos. Johnson et al. (2002) estudaram os efeitos dos relacionamentos tóxicos e a importância de reconhecê-los e tratá-los.

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver em um relacionamento tóxico pode ser uma experiência angustiante e desgastante, exigindo uma grande força emocional e autoconhecimento para identificar e enfrentar os problemas existentes.

Enquanto algumas pessoas podem se sentir presas e incapazes de se libertar de padrões destrutivos, outras podem buscar ajuda e apoio de amigos, familiares ou profissionais da saúde mental, como terapeutas e conselheiros.

O primeiro passo para lidar com um relacionamento tóxico é reconhecer os sinais de abuso e manipulação, seguido por uma avaliação honesta das próprias necessidades e limites pessoais.

Somente assim será possível tomar decisões informadas sobre o futuro do relacionamento, seja trabalhando juntos para construir uma dinâmica mais saudável ou, em alguns casos, encerrando a relação em busca de bem-estar e felicidade individual.

14. Relacionamentos interculturais:

Esses relacionamentos envolvem parceiros de diferentes origens culturais e podem enfrentar desafios específicos relacionados à comunicação, valores e tradições familiares.

Estudos têm explorado as estratégias que casais interculturais utilizam para lidar com esses desafios e manter relacionamentos saudáveis e satisfatórios (Tseng, 2002).

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento intercultural pode ser uma experiência enriquecedora e emocionante, pois permite aos parceiros aprenderem um sobre o outro e sobre as respectivas culturas.

Para enfrentar os desafios específicos que esses relacionamentos apresentam, é fundamental cultivar uma comunicação aberta e eficaz, o respeito às diferenças culturais e a empatia mútua.

Também é importante que os casais estejam dispostos a negociar e comprometer-se quando surgirem conflitos decorrentes de diferenças de valores e tradições familiares.

A chave para viver um relacionamento intercultural saudável e satisfatório reside na capacidade dos parceiros de celebrar e apreciar as diferenças, aproveitando a oportunidade de crescer juntos e enriquecer suas vidas com a diversidade que cada cultura tem a oferecer.

15. Relacionamentos à distância com tempo limitado:

Neste tipo de relacionamento, os parceiros estão temporariamente separados devido a razões específicas, como trabalho ou estudo, com a expectativa de se reunirem após um período determinado.

Esses casais podem enfrentar desafios únicos, como manter a comunicação e a intimidade emocional durante a separação e ajustar-se à vida juntos após a reunificação (Dainton & Aylor, 2001).

Como viver esse tipo de relacionamento?

Viver um relacionamento à distância com tempo limitado requer paciência, dedicação e comunicação eficiente entre os parceiros.

Para manter a conexão emocional durante a separação, é fundamental estabelecer rotinas de contato, como conversas telefônicas, videochamadas e mensagens, compartilhando experiências, sentimentos e expectativas para o futuro.

Além disso, planejar visitas e estabelecer metas conjuntas pode ajudar a fortalecer o compromisso mútuo e a confiança. Por fim, é essencial manter a mente aberta e estar disposto a se adaptar às mudanças que podem ocorrer durante o período de separação, de modo a facilitar a transição para a vida em conjunto após a reunificação (Dainton & Aylor, 2001).

Tipos de relacionamentos: um emaranhado de conexões

Em conclusão, os relacionamentos humanos são uma tapeçaria intrincada e diversificada, que variam em forma, duração e dinâmica. Desde relacionamentos monogâmicos e poligâmicos até amizades coloridas e conexões assexuais, cada tipo de relacionamento traz consigo desafios e benefícios específicos.

Compreender essa diversidade é crucial para promover a empatia e a inclusão em nossa sociedade, além de nos ajudar a explorar nossas próprias preferências e necessidades em busca de conexões mais saudáveis e satisfatórias.

Ao longo deste texto, abordamos diferentes tipos de relacionamentos e suas características, com base em estudos e pesquisas científicas. Essas investigações nos permitem entender melhor a complexidade das relações humanas e as nuances que as definem.

Neste universo de conexões, é importante lembrar que não há uma fórmula única para um relacionamento bem-sucedido. Em vez disso, devemos nos esforçar para respeitar e valorizar a diversidade de experiências e escolhas que enriquecem a tapeçaria das relações humanas.

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